João Lopes Diniz

João da Pedrinha ou João da Facadinha
Fase I
RGP
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«João da Pedrinha» ou «João da Facadinha» Nasceu em 1904, em Sintra. Canteiro, militava no PCP desde o início da década de 1930. Preso, na serra de Monsanto, em 24-04-1932, seria condenado, em 20-10-1934, a 10 anos de degredo, pena confirmada em 03-11-1934, por interposição de recurso. Entrou no Aljube em 04-12-1934, acusado de «bombista», foi transferido, em 19-12-1934, para Peniche, e regressou, em 20-03-1935, à Cadeia do Aljube, para ser deportado, em 23-03-1935, para Angra do Heroísmo. Seguiria, em 23-10-1936, para o Tarrafal, onde construiu, a partir de pedras vermelhas, porosas e leves, de origem vulcânica, filtros que tornassem a água que os presos bebiam menos impura. Canteiro de profissão, também lhe coube esculpir muitas das inscrições que constam nas lápides das sepulturas dos que iam morrendo. Faleceu em 12-12-1941, com 37 anos de idade. Manuel Francisco Rodrigues refere-se-lhe como «um pobre já velho apesar de não ter ainda quarenta anos» e «havia dez anos que a violência e a arbitrariedade o haviam separado da família», deixando filhas e mãe.
Circunstâncias da morte

Motorista, 40 anos, preso em 7-11-1937, é sucessivamente transferido entre a 1.ª Esquadra, as Cadeias do Aljube e de Caxias e a enfermaria do Aljube, até ser condenado a 11 anos de degredo pelo Tribunal Militar Especial e embarcar a 1 de abril de 1939 para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, onde virá a morrer em 3 de novembro de 1941.