Maria Conceição Neto

Maria Conceição Neto

1.º Grupo (25 e 26 de Fevereiro de 1962) – 31 presos:

«Organizados três processos judiciais, com vários atropelos à lei, foi decidido julgar a maioria dos presos no Tribunal Militar Territorial (um “tribunal de excepção”, apesar de não haver guerra) que os condenou a ser enviados para o Tarrafal.»

«A 17 de Junho de 1961, quando ainda não estava dominada a grande insurreição que alastrava no norte de Angola desde 15 de Março, e os cárceres angolanos estavam demasiado cheios com as vagas de prisões da PIDE em 1959, 1960 e 1961, o Ministro do Ultramar Adriano Moreira instituiu em Chão Bom um “campo de trabalho”.

[…] A situação em Angola, portanto, é o pano de fundo que justifica a reabertura do Tarrafal, mas os primeiros presos a chegar, em Fevereiro de 1962, estavam detidos em Luanda desde 1959, muito antes de eclodir a guerra.