Eduardo Jonatão Chingunji

Fase II
Nasceu em Chiúca (Bié) a 07-01-1911. Professor primário formado nas Missões congregacionais, foi detido e interrogado pela PIDE em 25 de Junho de 1969 e formalmente acusado (Processo-crime nº 161/69), em julho, de ser o principal responsável de «um poderoso comité político-subversivo terrorista do movimento clandestino UNITA» baseado na cidade do Luso/Luena. Essa rede clandestina, na qual a PIDE conseguira infiltrar-se, estendia-se ao longo do Caminho-de-ferro de Benguela e fornecia apoio logístico à UNITA, que desde 1966 actuava no leste, nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro e alimentação. Além disso, dois dos seus filhos lutavam contra o exército português naquela organização: Samuel Piedoso Chingunji «Kapesi Kafundanga» e David Jonatão Chingunji «Samuimbila». Após algum tempo de prisão em Luanda, o Secretário-Geral de Angola (26-08-1969) determinou-lhe a fixação de residência «em Chão Bom», por 12 anos. A mulher, Violeta, também detida, foi deportada para o Campo de S. Nicolau com os filhos mais novos. Líder reconhecido do segundo grupo de presos da UNITA, chegou ao Tarrafal a 14-03-1970 e foi libertado a 01-05-1974.