Chipoia Magita

Massumuna ou Muassumuna
Fase II

Nasceu em Muachiava (Moxico) c. 1915, filho de Magita e de Chiungua. Agricultor, membro da aristocracia tradicional Cokwe daquela região e, como tal, tratado com atenção especial pelos presos que o acompanharam. Eram acusados de apoiar a luta da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) iniciada em 1966 no leste de Angola, passando informações e auxílio aos que estavam nas matas (comida, sabão etc.). Detido no Moxico, foi levado para uma prisão no Lobito e, cerca de um ano depois, conduzido sob prisão para Luanda e julgado no 1º Tribunal Militar Territorial de Angola. Foi condenado (10-10-1968) a 6 meses a 3 anos de medidas de segurança de internamento, prorrogáveis. Chegou ao Tarrafal a 08-08-1969 com o primeiro grupo de presos da UNITA, onde vinha também o seu filho Maquinixe António. Diabético, a sua saúde deteriorou-se com os maus-tratos durante as prisões e as más condições do Campo. Faleceu no Hospital da Cidade da Praia a 13-05-1970, sendo o único preso angolano do Tarrafal a morrer em Cabo Verde.

Circunstâncias da morte

Natural do Luso, Moxico, de etnia Quioca (Tshokwe), foi preso na companhia de um sobrinho. Acusado de ligações à UNITA, foi condenado pelo Tribunal Militar a uma pena de prisão de 3,5 anos. Enviado para o Campo de Concentração do Tarrafal/Chão Bom, deu ali entrada a 8 de agosto de 1969, com 54 anos de idade. Morreu a 13 de maio de 1970. Levado para o Hospital da Praia, em Cabo Verde, foi ali sepultado, em vala comum