Nasceu em Quimbele (Uíje) a 08-07-1949. Estudante em Luanda, pertencia ao «Comité Regional de Luanda» (CRL) coordenado por Juca Valentim, grupo clandestino do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) que se subdividia em várias células, reunindo sobretudo estudantes, mas não só. Além da mobilização política e distribuição de panfletos, enviavam aos guerrilheiros da 1ª Região informações e roupa, medicamentos, sabão, munições… A sua extensão e actividade preocupavam a PIDE que infiltrou a rede e em outubro e novembro de 1969 fez dezenas de prisões, dividindo o grupo: os brancos foram enviados para Lisboa, juntando-se aos que ali foram presos e julgados; os negros e mestiços, sem qualquer julgamento, foram enviados para S. Nicolau (sul de Angola) excepto um pequeno grupo, «mais perigoso», enviado para o Tarrafal. Alberto Neto ficou em prisão preventiva até abril de 1970, quando lhe foi aplicada a medida administrativa de fixação de residência por 6 anos em Cabo Verde (despacho do Ministro do Ultramar 09-04-1970). Chegou ao Tarrafal a 14-05-1970 e foi libertado a 01-05-1974.