Portugal

Nasceu em 12-01-1907, em Silves. Corticeiro, interveio nas lutas sindicais enquanto militante comunista e participou na organização local da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Preso e entregue, em 04-03-1934, pela Polícia de Faro à PVDE, acusado de comprar dinamite para o fabrico de bombas, seria condenado, em 14-05-1934, a 10 anos de degredo, ficando à disposição do Governo. Interpôs recurso, a sentença foi confirmada em 30-05-1934 e, em 23-09-1934, foi deportado para Angra do Heroísmo, nos Açores.
Nasceu em 19-01-1913, na Régua. Enfermeiro, foi preso pela Delegação da PVDE do Porto em 20-05-1940, «para averiguações», no âmbito do assassinato do proprietário e capitalista António da Silva Freitas Gonçalves, ocorrido naquela cidade, na Rua do Bonjardim, 458, sendo acusados pela PVDE, sem provas fundamentadas, três galegos (os irmãos Vásquez Albela) e onze portugueses próximos do PCP. Transferido, em 08-09-1940, para Lisboa, recolheu ao Forte de Caxias.
Nasceu em 07-02-1902, em Lisboa. Carpinteiro, foi preso na capital em 04-11-1936, «para averiguações», acusado de «estar envolvido na preparação do assalto ao cobrador da Alfândega de Lisboa». Levado, incomunicável, para uma esquadra, entrou no ciclo de transferências entre prisões: Aljube (14-12-1936), Peniche (02-04-1937), 1.ª esquadra (26-04-1937), Caxias (14-05-1937) e, do novo, Aljube (01-06-1937). Deportado, em 05-06-1937, para o Tarrafal, sem ter sido julgado, regressou em 01-10-1944, reentrou em Caxias e, em 01-11-1944, seria condenado a dez anos de degredo.
Nasceu em 11-02-1916. Grumete fogueiro no NRP «Bartolomeu Dias», participou na «Revolta dos Marinheiros» e foi entregue, em 08-09-1936, pelas autoridades de Marinha à PVDE, acusado do crime de «insubordinação». Enviado para o 3.º Posto da 14.ª esquadra da PSP, «Mitra», e transferido, em 18-09-1936, para a Cadeia Penitenciária de Lisboa, seria julgado, em 13-10-1936, pelo TME.
Nasceu em 06-01-1910, em Ferrarias, Silves. Grumete de manobra do navio «Bartolomeu Dias», participou, em 08-09-1936, na «Revolta dos Marinheiros». Entregue pelas autoridades da Marinha à PVDE, pelo crime de «insubordinação», foi enclausurado na «Mitra» e transferido para a Penitenciária dez dias depois.
Nasceu em 04-10-1906, em Vila Flor, Bragança. Motorista, foi preso pela PVDE, «para averiguações», em 04-05-1937 e recolheu ao «segredo do Aljube». Transferido para a 1.ª esquadra (11-05-1937), voltou ao Aljube (12-05-1937) e, em 05-06-1937, seguiu para o Tarrafal, sem ter sido julgado e onde foi vítima, por mais de uma vez, da biliosa. Por não ter olfato, assumiu a difícil e nauseabunda tarefa de despejar diariamente no mar os dejetos dos presos, sempre sob escolta de agentes da PVDE. Regressou em 15-07-1940 e ficou encarcerado no Forte de Caxias, a fim de ser julgado.
Nasceu em 27-01-1911, em Avis. Carpinteiro, terá aderido, em março de 1937, ao PCP, de onde foi afastado por considerar necessário eliminar Salazar. Preso, em 16-08-1937, acabou associado ao atentado de 04-07-1937, incriminado por José Maria Horta, depois de sistemáticos espancamentos e coagido pela PVDE a envolvê-lo na entrega, inexistente, da bomba. Levado, em 28-08-1937, para a Penitenciária, entrou no ciclo de transferências entre cárceres: Aljube (19-01-1939), Caxias (28-07-1939), Peniche (03-04-1940) e, de novo, Aljube (25-01-1941).
«O Marques da Ajuda» Nasceu em 1893, em Lisboa. Serralheiro, foi preso em 14-09-1927, acusado de envolvimento num movimento revolucionário: deportado para Angola quatro dias depois, regressou em 13-12-1928. Detido em 14-05-1930, por se reunir com «elementos revolucionários», foi solto em 10-06-1930. Procurado, em maio de 1932, por tentativa de libertação de reclusos da esquadra de Alcântara, seria capturado em 05-05-1933, devido às suas ligações e estar encarregado de obter material explosivo.
Nasceu em 29-07-1900, em Arganil. Carpinteiro, a residir e a trabalhar em Lisboa, foi preso em 04-11-1936, «para averiguações». Levado para o Aljube, entrou no ciclo infernal de transferência entre cárceres: esquadra (17-11-1936), onde ficou incomunicável, Aljube (02-01-1937), Peniche (02-04-1937), esquadra (15-04-1937), mais uma vez em regime de incomunicabilidade, e Aljube (14-05-1937). Embarcou, em 05-06-1937, para o Tarrafal, onde permaneceu, sem qualquer julgamento ou condenação, mais de sete anos. Regressou em 20-02-1945 e saiu em liberdade no mesmo dia.
Nasceu em 23-06-1913, na Marinha Grande. Empregado do comércio, aderiu, aos 16 anos, ao PCP e, em 1931, participou na criação do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Vidro. Participou, em 18 de janeiro de 1934, na ocupação da estação telégrafo-postal da Marinha Grande e obteve a rendição do posto da GNR. Andou fugido quatro dias, entregou-se e, espancado e torturado, seguiu, em 27-01-1934, para a PVDE de Lisboa.