Portugal

Nasceu em 07-10-1921, no Funchal. Ajudante-serralheiro, foi entregue à PIDE pela PSP de Lisboa em 09-04-1947, «para averiguações», e levado para o Forte de Caxias. Transferido, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido julgado ou condenado, provavelmente por estar associado à greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, dinamizada pelo PCP. Tal como os outros presos na mesma circunstância, ficou numa seção diferente daqueles que já se encontravam no Campo, vigiado por guardas da PIDE.
Nasceu em 25-12-1902, em Santa Bárbara de Padrões, Castro Verde. Mineiro, foi entregue pelo Delegado do Procurador da República na Comarca de Beja à PVDE, em 09-01-1940, ficando à ordem do TME. Levado para a Cadeia do Aljube e julgado no dia seguinte, acusado de ser detentor de um punhal, seria condenado na pena de 3 anos de degredo. Transferido, em 16-01-1940, para Caxias, embarcou, em 23-02-1940, para o Tarrafal, de onde regressou em 20-02-1945, sendo restituído à liberdade.
Nasceu em 03-03-1903, em Serra d’El-Rei, Peniche. Empregado comercial, seria comunista, combateu em Espanha, esteve internado em campos de concentração em França, onde se refugiara, e foi preso em Vilar Formoso em 04-07-1940, ao reentrar em Portugal, por «ser combatente nos marxistas espanhóis». Enviado para a cadeia da localidade, entrou na sede da PVDE em 13-07-1940, seguiu para o Aljube e iniciou a transferência sucessiva de cárcere: Caxias (21-12-1940), Aljube (06-02-1941), Caxias (13-03-1941) e Peniche (04-08-1941).
Nasceu em 23-09-1917, em Penamacor. Vidraceiro, a residir em Lisboa, foi preso em 01-05-1936. Referenciado como «extremista» e levado para uma esquadra, seguiu, em 07-06-1936, para o Aljube e, em 17-10-1936, embarcou para o Tarrafal, sem ter sido julgado e onde foi castigado com internamento na «frigideira». Regressou em 20-02-1945, recolheu a Caxias e, em 07-03-1945, seria condenado pelo TME a 10 anos de degredo, ficando à disposição do Governo. Começou, então, a circular entre o Aljube, Caxias e a enfermaria do Aljube, entrando em Peniche em 22-12-1945.
Nasceu em 25-02-1915, em Lisboa. Serralheiro, foi entregue pela PSP de Lisboa na PIDE em 09-04-1947, «para averiguações», e levado para Caxias. Transferido, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido julgado ou incriminado, provavelmente devido à sua participação na greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, preparada pelo PCP. Vigiado por guardas da PIDE, permaneceu, tal como os outros deportados na mesma circunstância, numa instalação diferente daqueles que já se encontravam no Campo.
Nasceu em 03-01-1910, em Vidago, município de Chaves. Grumete de manobras no navio de guerra «Bartolomeu Dias», foi entregue pelas autoridades da Marinha à PVDE em 08-09-1936, por «insubordinação», acusado de estar envolvido na «Revolta dos Marinheiros» que eclodira nesse mesmo dia. Enviado para o 3.º Posto da 14.ª esquadra, «Mitra», passou, em 18-09-1936, para a Cadeia Penitenciária de Lisboa e, por sentença de 13-10-1936, seria condenado pelo TME na pena de 4 anos de prisão maior celular, seguidos de 8 de degredo ou, em alternativa, a 16 anos de degredo.
Nasceu em 02-06-1898, em Cuba, distrito de Beja. Sapateiro em Aljustrel, foi entregue pelo Comando da PSP de Beja à PVDE em 15-03-1942 e enviado para o Aljube. Militante comunista, integrava a rede de espionagem anglo-portuguesa do «SOE» (Special Operations Executive, Seção H), mais conhecida por «Rede Shell», sendo o agente H.527. Transferido, em 09-06-1942, para o Depósito de Presos de Caxias, embarcou, em 10-09-1942, para o Tarrafal, ficando alojado fora do Campo. Regressou, em 27-01-1944, levado para o Hospital Júlio de Matos e, em 02-02-1944, seguiu para Caxias.
«João da Pedrinha» ou «João da Facadinha» Nasceu em 1904, em Sintra. Canteiro, militava no PCP desde o início da década de 1930. Preso, na serra de Monsanto, em 24-04-1932, seria condenado, em 20-10-1934, a 10 anos de degredo, pena confirmada em 03-11-1934, por interposição de recurso. Entrou no Aljube em 04-12-1934, acusado de «bombista», foi transferido, em 19-12-1934, para Peniche, e regressou, em 20-03-1935, à Cadeia do Aljube, para ser deportado, em 23-03-1935, para Angra do Heroísmo.
Nasceu em 02-06-1890, em Coimbra. Pedreiro, com residência em Lugar de Fala, freguesia de São Martinho do Bispo, integrou o Comité Sindicalista Revolucionário e foi em sua casa que se realizaram algumas das reuniões preparatórias da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, nela se guardando bombas de dinamite a utilizar nas sabotagens em Coimbra. Preso e enviado para Lisboa em 26-01-1934, seria julgado em 09-02-1934 e condenado a 12 anos de degredo, ficando à disposição do Governo. Interpôs recurso, mas o Tribunal, em sessão de 10-03-1934, confirmou a pena.
Nasceu em 25-05-1901, em Peso da Régua. Marceneiro em Lisboa, foi detido em 05-03-1938, recolhendo, incomunicável, a uma esquadra. Nos oito meses seguintes, passou pelo Aljube (16-03-1938), Caxias (07-06-1938), Peniche (13-08-1938) e, por fim, regressou à capital para ser julgado. Condenado, em 22-10-1938, a oito meses de prisão, dada por expiada, seria libertado em 31-10-1938, após ter alta da enfermaria do Aljube.