Guiné-Bissau

Nasceu em Bolama, a 7 de junho de 1940. De etnia Papel, católico, solteiro, com o 2º grau, professor catequista das Missões Católicas. Acusado de ser do P.A.I., foi preso pelos Serviços Militares em Cacheu, a 27 de julho de 1962, e enviado para o Tarrafal em setembro. Em outubro de 1968, o director do Campo, Eduardo Vieira Fontes, atesta que tem «bom comportamento prisional», mas «não é dos que tem protestado arrependimento» e continua a ser considerado «não reabilitado». Regressa à Guiné em 1969.
Nasceu em Porto-Gole, circunscrição de Mansoa, em 1937. Solteiro, lavrador. Analfabeto. Preso pelos Serviços Militares em 25 de julho de 1962, por pouco antes ter aderido ao P.A.I.. Levado para Bafatá, é depois enviado para o Tarrafal, onde dá entrada a 4 de setembro. Embora lhe seja sempre atribuído «bom comportamento prisional», em 1964 e 1965 é considerado «perigoso e irrecuperável» e só em 1968 dito «reabilitado para meio isento de subversão». Regressa à Guiné em 1969.
«Naci» ou «Nacy» ou «Nassi Camará» Nasceu a 29-04-1916 na Praia, Ilha de Santiago, Cabo Verde. Criança, foi com os pais para a Guiné, onde viveu a maior parte da sua vida. Em 1939, começou a trabalhar no BNU (Banco Nacional Ultramarino) em Bissau. Em 1956, influenciado pelo seu compadre e colega Abílio Duarte, envolveu-se na luta política, primeiro no MLG – Movimento para a Libertação da Guiné – e depois no PAIGC. Preso pela PIDE nas instalações do BNU a 15-03-1962, foi deportado para o Tarrafal em 2 de setembro seguinte, permanecendo ali três anos.
«Cudade» Nasceu em Inchalé, em 1922 (?). De etnia Biafada, católico, casado «segundo os usos e costumes», pai de três filhos, lavrador, analfabeto. Adere ao P.A.I. em maio de 1962 e é preso pelos Serviços Militares a 28 de julho. Levado para Bafatá, integra o grupo de 100 presos guineenses que dão entrada no Tarrafal a 4 de setembro. Considerado com «bom comportamento prisional» e «reabilitado», regressa à Guiné em 1969.