Angola

Nasceu em Luanda a 05-12-1946, filho de Caetano Francisco e de Ana Afonso. Pescador e pintor, pertencia ao «Comité Regional de Luanda» (CRL) coordenado por Juca Valentim, grupo clandestino do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) com várias células, sobretudo de estudantes, mas não só. Além do estudo e mobilização política e distribuição de panfletos, procuravam apoiar os guerrilheiros e populações da 1ª Região com informações e roupa, medicamentos, sabão, munições… A sua actividade preocupava a PIDE que infiltrou a rede e em outubro e novembro de 1969 fez dezenas de prisões.
Nasceu em Luanda a 15-03-1930, filho de Sebastião Gaspar Domingos, também preso no Tarrafal. Enfermeiro, foi preso pela PIDE a 20 de outubro de 1959, num dos processos judiciais vulgarmente conhecidos como «Processo dos 50». Do chamado «grupo dos enfermeiros» do clube recreativo «Espalha Brasa», foi acusado de pertencer ao «ELA», grupo activo na clandestinidade desde o início dos anos 50, com ligações a outros nacionalistas em Angola e no exterior e ao qual o «Espalha Brasa» se associara.
«Luzerna Pinto Mendes» Nasceu em Luanda a 02-06-1890. Factor telegrafista do Caminho-de-Ferro de Luanda, aposentado à data da prisão, 29 de março de 1959. Era o mais velho e tesoureiro do grupo independentista ELA, activo na clandestinidade desde o início dos anos 50, nomeadamente enviando documentos ao American Comittee on Africa e à Comissão das Curadorias da ONU. Em março de 1959, já associados ao grupo «Espalha Brasa», tentaram enviar para o Gana um «Relatório» sobre Angola (Pascoal da Costa, assinando «Luzerna Pinto Mendes», é o segundo subscritor).
Nasceu em Sachipunga (Moxico) a 09-02-1919, filho de Macalacata e de Chiquembo. Alfaiate de profissão e catequista de uma igreja protestante, foi preso por ligações à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) que em 1966 iniciara acções de guerrilha no leste de Angola. Ele e outros eram acusados de passar informações e auxílio (comida, sabão, medicamentos, sapatos…) aos que estavam nas matas. Detido no Moxico, foi levado para uma prisão no Lobito e, cerca de um ano depois, conduzido sob prisão para Luanda e julgado no 1º Tribunal Militar Territorial de Angola.
Nasceu em Calulo (Uíje) c. 1938, filho de Cugito e de Júlia Bomba. Agricultor, foi preso em data e local não identificados, por pertencer à União das Populações de Angola (UPA), desde 1962 integrada na Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), movimento independentista que combatia no Norte de Angola.
Nasceu em Chiambi (Bié) a 19-10-1932, filho de Bernardo e de Dorina. Professor das escolas das Missões evangélicas congregacionais, foi preso pela PIDE em julho de 1969 (Processo-crime nº 161/69) por pertencer à rede clandestina que, a partir das cidades, vilas e aldeias, dava informações e apoio logístico à luta armada da União Nacional para a Independência Total de Angola, nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação, ferramentas e até munições.
Nasceu em Massavi, Macocola (Uíje) c. 1930, filho de Lunguiça e de Chimba. Agricultor, foi preso, em data e local não identificados, por pertencer à União das Populações de Angola (UPA), desde 1962 integrada na Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), movimento independentista que combatia no Norte de Angola. Foi julgado no 1º Tribunal Militar Territorial de Angola e no Supremo Tribunal Militar e condenado (21-02-1967) a 23 anos de prisão maior, 23 meses de multa, e medidas de segurança com internamento de 1 a 3 anos.
Nasceu em Cassupa-Suco (Moxico) a 15-01-1945 [ou 24-09-1946], filho de Mucuata e de Nachitueno. Era afilhado de outro preso, Silva e Sousa. Sem profissão declarada, foi preso por ligações à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) que em 1966 iniciara acções de guerrilha no leste de Angola. Ele e outros eram acusados de passar informações e auxílio (comida, sabão, medicamentos, sapatos…) aos que estavam nas matas.
Nasceu em Chiumbo (Huambo) c. 1915, filho de Samuel e de Cassage. Empregado do Caminho-de-Ferro de Benguela, foi preso pela PIDE em julho de 1969 (Processo-crime nº 161/69) por pertencer à rede clandestina que, a partir das cidades, vilas e aldeias, dava informações e apoio logístico à luta armada da União Nacional para a Independência Total de Angola, nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação, ferramentas e até munições.
Nasceu em Gumbe (Bié) a 30-10-1932, filho de Sá Moura da Cruz e de Emília Cavale. Contínuo do Banco de Angola, foi preso pela PIDE em julho de 1969 (Processo-crime nº 161/69) por pertencer à rede clandestina que, a partir das cidades, vilas e aldeias, dava informações e apoio logístico à luta armada da União Nacional para a Independência Total de Angola, nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação, ferramentas e até munições.