«Balumuka Kababa»
Nascido em Missoli, registado em Calomboloca a 10-06-1938. Da Juventude Metodista, Fernando Pascoal da Costa levou-o em 1956 ao ELA (grupo activo na clandestinidade desde o início dos anos 50), para ser tradutor de Inglês dos documentos clandestinamente enviados a personalidades internacionais e à Comissão das Curadorias da ONU. Com ele colaborou Deolinda Rodrigues, que seria indiciada no mesmo processo mas saíra de Angola meses antes. Em março de 1959 Noé subscreveu, como «Balumuka Kababa», um «Relatório» do ELA para o Gana sobre Angola, cujo portador foi detido pela PIDE no aeroporto, desencadeando sucessivas prisões. Foi preso a 20 de outubro de 1959, incluído nos processos judiciais vulgarmente conhecidos como «Processo dos 50». Paralelamente, Noé tivera ligações com o PLUAA. Julgado no Tribunal Militar Territorial por «conspiração contra a segurança exterior do Estado, sob a forma de organização ilícita e organização secreta» foi sentenciado (20-12-1960) a 6 anos de prisão e medidas de internamento. Chegou ao Tarrafal a 25-02-1962 e saiu em liberdade condicional a 7-02-1971, com residência fixa em Luanda.