António Marques Monteiro

Fase II
Nasceu em Luanda a 19-07-1920. Empregado no Banco de Angola, aproveitou para ali reproduzir panfletos («Manifesto Africano»). Preso em 5 de Junho de 1959 foi acusado de pertencer ao Movimento para a Independência de Angola (MIA), num dos três processos do dito «Processo dos 50». Os maus-tratos sofridos levaram ao seu internamento na Neuropsiquiatria em julho desse ano. Julgado no Tribunal Militar Territorial de Angola por «crime contra a segurança exterior do Estado, sob a forma de organização ilícita e organização secreta» foi sentenciado (02-12-1961) a 21 meses de prisão (já cumpridos à data da sentença) e medidas de segurança de internamento de 6 meses a 3 anos, as quais justificaram o seu envio para o Tarrafal, onde chegou a 25-02-1962. Libertado a 02-12-1964, seguiu para Lisboa e depois para Luanda, com residência fixa. Ficou famoso o seu culto por Njinga Mbande, símbolo anticolonial cujo nome aparece em vários panfletos, convencendo o Cónego Manuel das Neves a rezar uma missa por ela a 17 de dezembro de 1958 (aniversário da morte).