50.º ANIVERSÁRIO DA LIBERTAÇÃO DO TARRAFAL

A libertação do Campo de Concentração do Tarrafal/Campo de Trabalho de Chão Bom ocorreu no dia 1.º de Maio de 1974. Conheça testemunhos e documentos desse momento histórico:


Fase I - Colónia Penal de Cabo Verde 

A designada Colónia Penal de Cabo Verde para "presos políticos e sociais" foi criada pelo decreto-lei n.º 26 539, de 23 de abril de 1936, obedecendo a uma caracterização perfeitamente definida e que, em nome da urgência, cria as condições para o que se passou, com a instalação provisória do Campo (em tendas de lona), a má alimentação, a recusa de assistência e médica e medicamentosa e os trabalhos forçados que assassinaram mais de 30 presos.

Fase II - Campo de Trabalho de Chão Bom 

Agora com a designação de Campo de Trabalho de Chão Bom, o Tarrafal reabre em 1961, escassos seis anos após o seu “encerramento”.

Com o início da guerra colonial, foi contra os nacionalistas africanos que o governo português investiu com especial ferocidade.

Os mortos 

Vítimas da violência prisional, das condições de vida no campo, do isolamento, da alimentação, da ausência de tratamento das enfermidades, dos castigos sucessivos.

Homenagens 

São numerosos os textos que referem o conjunto dos tarrafalistas, designadamente da Fase I, e lhes prestam homenagem e, também, por vezes, assumem críticas, em especial sobre as cerimónias de trasladação dos corpos em 1978.

O livro 

«Em finais de 2022 entendemos unir esforços no sentido de criar um Centro de Documentação do Campo de Concentração do Tarrafal, abrangendo, pela primeira vez, as suas duas fases: a dos antifascistas portugueses (1936-1954) e a dos nacionalistas africanos para ali enviados de Angola, Guiné e Cabo Verde.»

Exposições 

No âmbito dos objetivos da criação deste Centro de Documentação do Tarrafal em suporte digital, quisemos incluir, por ordem cronológica da sua realização, referência às principais exposições que se realizaram sobre o Campo de Concentração do Tarrafal.
Damos especial relevo à exposição instalada no Campo no decurso das comemorações do 50.º aniversário da Libertação do Campo, no dia 1.º de Maio de 1974.

Tarrafal - Memórias do Campo da Morte Lenta 

Chamavam-lhe “o Campo da Morte Lenta”. Os críticos, naturalmente. Que as autoridades, essas, chamaram-lhe primeiro, entre 1936 e 1954, quando os presos eram portugueses, “Colónia Penal de Cabo Verde” e, depois, quando reabriu em 1961 para nele serem internados os militantes anticolonialistas de Angola, Cabo Verde e Guiné, “Campo de Trabalho de Chão Bom”.